quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Urina de 24 horas ou Proteinúria de 24 horas




A chamada urina de 24 horas é uma análise urinária ainda muito usada por diversos médicos para avaliar algumas alterações renais. Neste texto vamos explicar o modo correto de colher este exame, quais os seus objetivos e apontar suas vantagens e desvantagens.






Como colher a urina de 24 horas




Se você chegou até este texto é porque provavelmente o seu médico solicitou uma urina de 24 horas. Então, antes de falarmos da utilidade do exame, vamos primeiro explicar o modo correto de fazer esta análise da urina.

A urina de 24 horas é nada mais do que aquilo que o próprio nome diz: uma coleta de urina que dura 24 horas.


Instruções: 

1.) O análise terá que ser feita durante 24 horas, portanto, o primeiro passo é escolher qual o intervalo mais confortável para que você colha a urina. O ideal é sempre escolher a hora em que você normalmente acorda. Vamos usar o horário de 7 horas da manhã como exemplo para o resto das instruções.

2.) Imaginemos que você irá começar a coletar a urina hoje. Ao acordar às 7h, você deve esvaziar a bexiga, urinando normalmente no vaso sanitário. Portanto, a primeira urina do dia deve ser desprezada. O exame começa na hora em que se esvazia a bexiga pela primeira vez no dia. Após urinar, anote a hora exata, pois a coleta deve terminar nesta mesma hora do dia seguinte.

Mas se o exame começa às 7 da manhã, por que então desprezar a urina desta hora?

Porque a urina que estava dentro da sua bexiga às 7h não foi produzida às 7h, mas sim durante toda a madrugada, desde a última vez que você urinou. Portanto, esvaziando-se a bexiga, colheremos apenas a urina produzida a partir das 7h da manhã.

3) Depois de esvaziar a bexiga, toda e qualquer urina deve ser guardada no mesmo recipiente (se você urina muito, pode-se usar mais de um recipiente). Não importa o volume, qualquer gota conta. Se for evacuar, não pode urinar no vaso. Se estiver tomando banho, não pode urinar no banho. Se for sair à rua, leve o recipiente junto ou não urine até voltar para casa.

O recipiente com a urina deve ser armazenado em temperatura ambiente ou dentro da geladeira. 

Por comodidade, indicamos a coleta do exame durante o Domingo; deste modo você não precisa levar o recipiente para o o trabalho e ainda consegue entregá-lo no laboratório na Segunda-feira de manhã.

Se houver qualquer perda na urina, o ideal é abortar a coleta, desprezando o que já foi colhido, e reiniciá-la no dia seguinte. Uma pequena quantidade de urina perdida já é suficiente para causar erros no resultado final.

Se você colheu a urina de modo errado e não comunicou o seu médico, quem sofrerá as consequências será você mesmo, pois o clínico ira tomar decisões baseadas em um resultado errado.

4) Você deve colher toda urina até às 7h do dia seguinte, incluindo esta última. Se você por acaso acordou mais cedo e urinou às 6h, procure beber água para conseguir urinar de novo quando der 7h. Lembre-se, o exame começa quando você esvazia a bexiga às 7h, e termina quando a esvazia de novo, também às 7h. A coleta da última urina pode ter uma tolerância de 10 minutos para mais ou para menos (entre 6:50h e 7:10h)

5) Uma vez terminada a coleta de 24h, a urina no recipiente pode ficar em temperatura ambiente por até 48h, porém, o ideal é mantê-la refrigerada. Quanto mais cedo a urina for entregue no laboratório, melhor.





Por que colher urina de 24 horas e não apenas 1 ou 2 horas?

A urina de 24 horas é um exame solicitado para quantificar determinadas substâncias na urina. O EAS (urina tipo I) que é o exame de urina mais comumente solicitado, feito através de amostra, apenas detecta a presença ou não de determinadas substâncias, não sendo capaz de quantificá-las de modo acurado. Como a excreção de determinadas substâncias na urina varia muito dependendo da hora do dia, colher apenas uma amostra torna-se um exame muto falho e de difícil padronização. Quando se usa um longo período de tempo para a coleta, como 24 horas, essas variações naturais acabam sendo minimizadas.

Para que serve a urina de 24 horas?

Mais de 90% dos pedidos de urina de 24h são feitos para se avaliar duas situações:

1.) Clearance de creatinina: O clearance de creatinina é basicamente a taxa de filtração dos rins, ou seja, a medição de quantos mililitros de sangue os rins filtram por minuto. É o principal modo de avaliar a função renal. Para saber mais sobre o clearance de creatinina e a taxa de filtração renal.

2.) Proteinúria: chamamos de proteinúria a presença de proteínas na urina, fato que só ocorre quando os rins estão doentes. O EAS (urina tipo 1) é capaz de detectar a presença de proteínas na urina, mas não consegue quantificá-la com exatidão. Além das proteínas totais, a urina de 24h também pode dosar a albumina na urina, chamada de albuminúria.





Leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA para saber mais sobre proteinúria e albuminúria.

A nossa urina ainda é composta por várias outras substâncias, entre elas: cálcio, sódio, amônia, ureia, oxalato, citrato, magnésio, fosfato, ácido úrico etc... Portanto, além da avaliação da função renal e da quantificação da proteinúria, a urina de 24 horas também pode ser usada para quantificar todas estas substâncias. Obviamente, nem todas estas dosagens apresentam relevância clínica. Na prática médica, as comumente solicitadas são:

3.) Sódio urinário - é um modo indireto de se avaliar a quantidade de sal que o paciente ingere. Em situações normais, a quantidade de sódio que sai na urina é semelhante a quantidade consumida ao longo do dia. Muito útil na:
- Cirrose
- Hipertensão
 Cálcio urinário - importante na avaliação dos pacientes com cálculo renal

5.) Ácido úrico urinário - importante para os pacientes com gota e/ou ácido úrico elevados  e para os pacientes com cálculo renal a base de ácido úrico.

6.) Citrato - é uma substância que inibe a formação de cálculos. Pacientes com citrato urinário baixo estão sujeitos a formarem pedras nos rins.

7) Oxalato - também importante na investigação das causas de formação dos cálculos renais.

8) Potássio - útil na investigação de algumas doenças dos túbulos renais

Problemas da urina de 24 horas 

A urina de 24 horas foi durante muitos anos o melhor e mais utilizado meio para se avaliar a função dos rins. Porém, devido às inerentes dificuldades em sua coleta e aos frequentes erros que esta ocasiona, tem sido cada vez menos pedida na prática médica, principalmente entre os nefrologistas, os especialistas em rins.

O fato é que grande parte dos pacientes não colhe a urina de 24 horas de modo correto. Uma urina mal colhida gera resultados errados que mais atrapalham do que ajudam a avaliação do médico. Um agravante está no fato de que uma considerável parte dos médicos não sabe reconhecer quando a urina está colhida de modo errado. Isto faz com que condutas sejam tomadas baseadas em resultados que não correspondem com a realidade.

Para saber se a urina foi realmente colhida durante as 24 horas, basta dividir o valor da creatinina urinária pelo peso do paciente. Por exemplo, se uma pessoa de 70 kg eliminou 1400 mg de creatinina em 24 horas, isto corresponde a 20 mg/kg. 

Os valores normais são:
Homens 15 a 25 mg/kg
Mulheres 10 a 20 mg/kg

Valores abaixo ou acima destes indicam uma urina colhida de modo errado.

A urina de 24 horas nos dias de hoje

Atualmente já existem maneiras de se obter as mesmas informações da urina de 24h com exames mais simples. O cálculo da função renal, por exemplo, é atualmente feito com fórmulas matemáticas baseadas apenas na creatinina do sangue. A própria medição da proteinúria e da albuminúria também já pode ser feita de modo mais simples, apenas com uma amostra simples de urina.

A urina de 24 horas ainda é um exame útil naqueles pacientes que conseguem colhê-la corretamente. Porém, é um exame pouco confortável para o paciente e na maioria dos casos já não é mais preciso solicitá-la com frequência, já que é possível obter as mesmas informações com exames mais simples.


Biomedicina: BIOMEDICINA TEM UM AMPLO CAMPO DE ATUAÇÃO

Biomedicina: BIOMEDICINA TEM UM AMPLO CAMPO DE ATUAÇÃO: Perfusão Extra-Corpórea Dentre as 36 especialidades e habilitações o Biomédico pode atuar na Perfusão Extra Corpórea....

BIOMEDICINA TEM UM AMPLO CAMPO DE ATUAÇÃO







Perfusão Extra-Corpórea 



Dentre as 36 especialidades e habilitações o Biomédico pode atuar na Perfusão Extra Corpórea. A perfusão ou circulação extra-corpórea (CEC) é o procedimento no qual se substitui temporariamente as funções dos pulmões e do coração enquanto estes órgãos ficam excluídos da circulação, através de máquinas, aparelhos, circuitos e técnicas. O princípio da CEC consiste em desviar o sangue do coração direto para um sistema mecânico que o filtra, promove a sua oxigenação e regula a sua temperatura substituindo as funções dos pulmões.



Quando transformado em sangue arterial, regressa à circulação sistêmica com o auxílio de uma bomba, que substitui a função do coração. A CEC não apenas substitui as funções cardiopulmonares mas, ao mesmo tempo, preserva a integridade celular,
a estrutura, a função e o metabolismo dos órgãos e sistemas do indivíduo durante operações complexas e demoradas. O perfusionista trabalha numa equipe que atua no bloco operatório, constituída por cirurgiões, anestesistas e enfermeiros.

Sendo a perfusão uma técnica extremamente complexa e de vital importância para o doente, são necessários meios humanos à sua altura, surgindo assim, com uma função extremamente ativa e precisa, o perfusionista.
http://youtu.be/dvYfumwKvWY

Funções do perfusionista:

• Planear, preparar, analisar e utilizar meios tecnológicos em perfusão cardiovascular;
• CEC convencional em adultos pediá-tricos e infantis;
• Dispositivos de bombeamento sangüíneo;
• Filtração sangüínea;
• Trocas gasosas;
• Dispositivos de trocas gasosas (oxigenadores);
• Hemodiluição;
• Preservação miocárdica;
• Técnicas de hipotermia;
• Circuitos de perfusão;
• Técnicas de conservação de sangue;
• Manejo da coagulação;
• Reaproveitamento sangüíneo peri-operatório;
• Hemofiltração/hemoconcentração;
• Meios de assistência cardiorrespiratória

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

DOENÇA AUTO-IMUNE

O que é uma doença autoimune?

Nós possuímos um complexo sistema contra invasões externas. É o chamado sistema imune.
As doenças autoimunes tem aparecido com uma certa frequência naquelas listas de "causas de doenças" que eu costumo escrever. É um tipo de doença comum, mas pouco conhecida da população em geral.

O processo evolutivo criou um mecanismo de defesa que é capaz de reconhecer praticamente qualquer tipo de invasão ou agressão. A complexidade do sistema está exatamente em conseguir distinguir entre o que é danoso ao organismo, o que faz parte do nosso próprio corpo como células, tecidos e órgãos, e o que não é nosso, mas não causa danos, como alimentos por exemplo.

Existe algo como uma "biblioteca de anticorpos" armazenada no nosso organismo. O corpo é capaz de lembrar de todos as substâncias, organismos ou proteínas estranhas que já entraram em contato conosco desde o nascimento. A estes dá-se o nome de antígenos. A partir de agora sempre que eu falar de antígeno, estarei me referindo a qualquer partícula capaz de desencadear uma resposta imune. Durante nossa formação enquanto feto, nosso organismo começa a criar o sistema imune. O primeiro trabalho é reconhecer tudo o que é próprio, para mais tarde poder reconhecer o que é estranho. O útero materno é um ambiente estéril, ou seja, livre de agentes infecciosos. Assim que nascemos somos imediatamente expostos a um "mundo hostil" com uma enormidade de antígenos. Desde o parto, o corpo começa a reconhecer, catalogar e atacar tudo que não é original de fábrica. Esse contato com antígenos nos primeiros anos de vida é importante para a formação desta "biblioteca de anticorpos". O corpo consegue montar uma resposta imune muito mais rápida se já houver dados sobre o invasor. Se o antígeno for completamente novo, é necessário algum tempo até que o organismo descubra quais os anticorpos são mais indicados para combater aquele tipo de partícula. A doença autoimune ocorre quando o sistema de defesa perde a capacidade de reconhecer o que é "original de fábrica", levando a produção de anticorpos contra células, tecidos ou órgãos do próprio corpo.

Exemplo: No diabetes tipo I ocorre uma produção inapropriada de anticorpos contra as células do pâncreas que produzem insulina, levando a sua destruição e ao aparecimento do diabetes.

Existem inúmeras doenças autoimunes, algumas delas já abordadas em outros textos:

- Diabetes tipo 1
- Lúpus
- Artrite reumatoide
- Doença de Crohn
- Esclerose múltipla          
- Vitiligo
- Tireoidite de Hashimoto
- Doença de Graves
- Esclerodermia
- Psoríase
- Doença celíaca
- Hepatite autoimune
- Síndrome de Guillain-Barré
- Anemia hemolítica
- Granulomatose de Wegener 
O tratamento das doenças auto-imunes consiste na inibição do sistema imune através de drogas imunossupressoras como corticóides, ciclofosfamida, azatioprina e outros.

Como ainda não conseguimos realizar uma imunossupressão seletiva aos anticorpos indesejáveis, acabamos por criar um estado de imunossupressão geral que predispõe esses pacientes a infecções por bactérias, vírus e fungos. É a famosa história do cobertor curto.

O diagnóstico das patologias autoimunes é feita baseada no quadro clínico e na pesquisa dos auto-anticorpos no sangue. O principal exame é a dosagem do FAN (fator antinuclear).

Leia o texto original no site MD.Saúde: DOENÇA AUTOIMUNE http://www.mdsaude.com/2008/10/doena-auto-imune.html#ixzz1f33n8CYF

domingo, 27 de novembro de 2011

A Gardnerella vaginalis e as infecções do trato urinário

As infecções do trato urinário (ITUs) estão entre as mais frequentes nos seres humanos. São causadas por grande variedade de uropatógenos habituais, porém podem ser provocadas por alguns micro-organismos fastidiosos, como a Gardnerella vaginalis, que é uma bactéria anaeróbia facultativa, observada sob a forma de cocobacilos Gram-variáveis. Ela habita a mucosa vaginal e eventualmente pode ocasionar ITUs. O isolamento pode ser realizado em amostras de urina utilizando o ágar CNA (colistina e ácido nalidíxico), com incubação de 48 a 72 horas em atmosfera rica em CO2. O exame de Gram de urina não centrifugada pode auxiliar o microbiologista na identificação das amostras nas quais uma bactéria fastidiosa seja o agente causal, já que a visualização de inúmeras células epiteliais, a ausência de leucócitos e a presença de mais de um tipo morfológico sugerem contaminação da amostra. Como estudos comprovam a incidência de G. vaginalis entre os agentes causadores de ITUs, o isolamento em uroculturas não deve ser desprezado. A interpretação clínica do crescimento da G. vaginalis é de difícil avaliação, sendo imprescindível a troca de informações entre o laboratório de microbiologia clínica e a equipe médica, investigando a presença de sinais e sintomas que possam estar associados à ITU.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DOENÇA DE ALZHEIMER

Nomes Populares: Demência; Esclerose; Caduquice



O QUE É?
A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais freqüente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, que afeta as áreas da linguagem e produz alterações no comportamento.
QUAIS AS CAUSAS DA DOENÇA?
As causas da Doença de Alzheimer ainda não estão conhecidas, mas sabe-se que existem relações com certas mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas. Alguns estudos apontam como fatores importantes para o desenvolvimento da doença: 
 

Aspectos neuroquímicos: diminuição de substâncias através das quais se transmite o impulso nervoso entre os neurônios, tais como a acetilcolina e noradrenalina.

Aspectos ambientais: exposição/intoxicação por alumínio e manganês.

Aspectos infecciosos: como infecções cerebrais e da medula espinhal.

Pré-disposição genética em algumas famílias, não necessariamente hereditária.
SINTOMAS
"Eu vivo me esquecendo..."
"Não me lembro onde deixei..."
"Doutor, facilmente esqueço dos números de telefone e de pagar contas."
"Doutor, minha mãe esqueceu meu aniversário...Doutor, meu pai se perdeu..."
São esses os tipos de queixas que se ouvem, às quais geralmente os amigos e familiares reportam como "coisas da idade". Entretanto, se alguma pessoa de suas relações esquecer o caminho de casa ou não se lembra de jeito algum, ou só com muito esforço, de um fato que aconteceu, procure um médico. Pode não ser algo importante, entretanto pode ser também um início da Doença de Alzheimer que não tem cura, mas cujo tratamento precoce atrasa o desenvolvimento da doença, produz alguma melhora na memória, torna mais compreensível as mudanças que vão ocorrer na pessoa e melhora a convivência com o doente.
Na fase inicial da doença, a pessoa afetada mostra-se um pouco confusa e esquecida e parece não encontrar palavras para se comunicar em determinados momentos; às vezes, apresenta descuido da aparência pessoal, perda da iniciativa e alguma perda da autonomia para as atividades da vida diária.
Na fase intermediária necessita de maior ajuda para executar as tarefas de rotina, pode passar a não reconhecer seus familiares, pode apresentar incontinência urinária e fecal; torna-se incapaz para julgamento e pensamento abstrato, precisa de auxílio direto para se vestir, comer, tomar banho, tomar suas medicações e todas as outras atividades de higiene. Pode apresentar comportamento inadequado, irritabilidade, desconfiança, impaciência e até agressividade; ou pode apresentar depressão, regressão e apatia.
No período final da doença, existe perda de peso mesmo com dieta adequada; dependência completa, torna-se incapaz de qualquer atividade de rotina da vida diária e fica restrita ao leito, com perda total de julgamento e concentração. Pode apresentar reações a medicamentos, infecções bacterianas e problemas renais. Na maioria das vezes, a causa da morte não tem relação com a doença e sim com fatores relacionados à idade avançada.
DIAGNÓSTICO
Uma das dificuldades em realizar um diagnóstico de Doença de Alzheimer é a aceitação da demência como consequência normal do envelhecimento.
O diagnóstico de Doença de Alzheimer é feito através da exclusão de outras doenças que podem evoluir também com quadros demenciais. Por exemplo: 
 

  • Traumatismos cranianos

  • Tumores cerebrais

  • Acidentes Vasculares Cerebrais

  • Arterioesclerose

  • Intoxicações ou efeitos colaterais de medicamentos

  • Intoxicação por drogas e álcool

  • Depressão

  • Hidrocefalia

  • Hipovitaminoses

  • Hipotireoidismo
TRATAMENTO
Não existe cura conhecida para a Doença de Alzheimer, por isso o tratamento destina-se a controlar os sintomas e proteger a pessoa doente dos efeitos produzidos pela deterioração trazida pela sua condição. Antipsicóticos podem ser recomendados para controlar comportamentos agressivos ou deprimidos, garantir a sua segurança e a dos que a rodeiam.
A doença de Alzheimer não afeta apenas o paciente, mas também as pessoas que lhe são próximas. A família deve se preparar para uma sobrecarga muito grande em termos emocionais, físicos e financeiros. Também deve se organizar com um plano de atenção ao familiar doente, em que se incluam, além da supervisão sociofamiliar, os cuidados gerais, sem esquecer os cuidados médicos e as visitas regulares ao mesmo, que ajudará a monitorar as condições da pessoa doente, verificando se existem outros problemas de saúde que precisem ser tratados.

domingo, 20 de novembro de 2011

Informações para quem deseja estudar BIOMEDICINA


Biomedicina



Não se engane: apesar do nome, a graduação de Biomedicina é bem diferente da Medicina. "A Medicina forma profissionais para atender aos indivíduos, investigando, diagnosticando e tratando das doenças. Já a Biomedicina conduz estudos e pesquisas das doenças humanas, sem contato com os pacientes. O curso, com duração média de quatro anos, forma profissionais que buscam as causas das doenças, além de trabalhar com prevenção e cura, desenvolvendo soros e vacinas.
Mercado - O curso foi criado na década de 1960 para formar professores das áreas básicas de saúde. Alguns anos depois, as faculdades passaram a graduar profissionais habilitados a exercer análises clínico-laboratoriais, a área de atuação mais comum dos profissionais. Hoje, o campo de atuação do biomédico é amplo, com mais de 30 especialidades.
O profissional poderá atuar em laboratórios, hospitais, órgãos públicos de saúde e indústrias biotecnológicas, em áreas como análises bromatológicas (de alimentos), banco de sangue, reprodução humana, imagenologia (radiologia, tomografia computadorizada, ultra-sonografia, entre outros exames), biologia molecular, citologia oncótica, toxicologia, entre outras. "A área de perfusão extra-corpórea é uma outra possibilidade que os biomédicos podem atuar, na qual eles são responsáveis uma máquina chamada coração-pulmão, muito importante em cirurgias, principalmente cardíacas", exemplifica Cristine. Não há piso da categoria.
Para os que ainda não se decidiram: Em primeiro lugar, avalie se o que você quer é mesmo a Biomedicina. A professora da UFCSPA conta que muitos estudantes iniciam o curso apostando que ele seja semelhante ao curso de Medicina. "Apesar do nome, são bem diferentes", lembra. Mas, como a colega mais famosa, a Biomedicina exige muito estudo e dedicação do aluno. Um perfil de investigador também é desejável, já que o profissional trabalha com pesquisa e novas descobertas. "Também é fundamental se manter atualizado", ensina Cristine.
A inserção no mercado de trabalho é difícil no começo da carreira. A área de análises clínicas é a mais saturada, mas há diversas oportunidades dentre as 36 especialidades da Biomedicina.
O que vem por aí - O biomédico trabalha em diversas áreas dentro da saúde, mas uma das mais promissoras é a indústria farmacêutica, onde o profissional trabalha no desenvolvimento de medicamentos. A inseminação artificial também é uma forte aposta dos profissionais da área, que avaliam e selecionam os embriões, além dos exames de DNA, por quais são responsáveis.
Para aqueles que desejam fazer o Diferencial - Quem quer se destacar na faculdade deve, desde o começo, apostar em atividades extracurriculares, como participar de palestras, cursos de extensão e congressos. A professora da UFCSPA aconselha ainda que o estudante procure ser aluno de iniciação científica, monitor de disciplinas e se dedique a estágios. No último ano do curso, os estágios são supervisionados.

sábado, 19 de novembro de 2011

"Dia do Biomédico"


Uma opção profissional, mas também uma opção de vida
por uma atuação nos bastidores
Cenário frio...ausência de brilhos e de cores
desbotar faces
Fazer dos sorrisos um pranto dolorido
Apagar o brilho dos olhos e a chama energética da vida
solitariamente
Biomédicos
Sem palco
Sem luzes ofuscantes
Sem cenários deslumbrantes
Às vezes sem nenhum aplauso

Biomédicos... Trocar o palco iluminado e a perspectiva dos aplausos Profissionais movidos pelo espírito de luta, envolvidos na batalha desgastante e muitas vezes insana contra inimigos invisíveis, que têm como único objetivo Guerreiros incansáveis!!! Guerreiros que muitas vezes comemoram suas vitórias mas nem por isso com menos alegria e consciência do dever cumprido.
de amor à vida
Heróis anônimos que brilham nos bastidores, criando scripts e roteiros

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O que é Paralisia ou derrame facial?

Quando o paciente, de uma hora para outra e sem causa aparente, nota no espelho que sua boca desviou para o lado, um dos olhos não fecha e também não consegue enrugar a testa, já pensa que algo de muito grave lhe aconteceu e que sua vida pode estar correndo perigo, principalmente por saber que um derrame cerebral pode provocar um desvio da boca.

Mas é muito importante diferenciar uma paralisia da face quando a mesma é provocada por um derrame cerebral (AVC), da paralisia que é o tema central deste texto, chamada paralisia facial periférica.

A paralisia da face provocada por um AVC é também chamada de paralisia facial central, onde comumente observamos um desvio da boca, sendo que o olho e a testa mantém-se normais. Junto também temos perda de força do braço e perna opostos ao lado do desvio da boca, sendo essa uma doença grave, considerada emergência médica.

Já a paralisia facial periférica é uma doença do nervo responsável pela inervação dos músculos da face, que vão dar a expressão (mímica) da mesma, chamado de nervo facial ou VII par de nervos cranianos.

Na paralisia facial periférica, toda a hemiface inervada pelo nervo lesado fica paralisada, não enrugando a testa, não fechando o olho e a boca desviando para o lado sadio.

Esta é uma doença benigna, que na maioria dos casos evoluirá para a cura, sem risco de vida ao paciente. Mas a necessidade de um acompanhamento médico precoce é importante para uma boa evolução da doença, bem como a detecção dos casos de mau prognóstico.

Várias são as causas de uma paralisia facial periférica, tais como: um trauma na face, uma infecção do nervo facial por vírus ou bactéria, uma infecção de ouvido, pós cirurgia otológica ou da glândula salivar parótida, dentre tantas outras. Mas a causa mais comum (50%) desse tipo de paralisia é desconhecida, sendo chamada de paralisia facial periférica idiopática ou paralisia de Bell; o que se sabe é que ocorre uma inflamação do nervo e o mesmo passa a ter um funcionamento deficiente, como se fosse desligado. A partir daí vão se instalar os sinais acima referidos.

Outros sinais e sintomas podem acompanhar o quadro como: alteração do paladar; diminuição ou aumento das lágrimas no olho que não fecha; formigamento e dor na hemiface acometida.

Qual a maior preocupação do médico após instalada a paralisia facial periférica?

Como o olho do paciente não se fecha por completo, ocorrerá um ressecamento da conjuntiva do olho afetado, com risco de lesão da córnea, havendo a necessidade, já na primeira consulta, de o paciente passar a fazer uso de colírio (um tipo de lágrima artificial) e uma pomada, como proteção ocular.

Como é a evolução da paralisia facial periférica?

A instalação da paralisia normalmente é súbita, mas a melhora se dá de maneira demorada, podendo levar alguns meses, devendo o doente deve ser colaborativo com a terapêutica e, como o próprio termo o designa, paciente.

Alguns testes são necessários para avaliar a vitalidade do nervo.

Em 90% dos casos ocorrerá cura total apenas com os cuidados acima referidos, mas em 2% é necessário uma cirurgia que visa abrir o canal ósseo que o nervo facial percorre dentro do ouvido, para que o mesmo possa recuperar-se mais rapidamente. Por isso é o otorrinolaringologista o especialista mais indicado para acompanhar a maioria dos casos de paralisia facial periférica.

Caso não ocorra uma melhora completa do quadro, outros métodos terapêuticos (fisioterapia; cirurgia) podem ser aplicados na tentativa de correção estética e funcional dos movimentos da face.

Resumindo, a paralisia facial periférica é uma doença freqüente, geralmente benigna que, quando acompanhada precocemente com o especialista adequado, tende a cura completa. Caso ocorra seqüela, há métodos terapêuticos que visam minimizá-la, deixando o paciente apto a viver na comunidade.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CÓDIGO DE ÉTICA DA PROFISSÃO DE BIOMÉDICO







RESOLUÇÃO Nº. 198, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2011.
Regulamenta o novo Código de Ética do Profissional Biomédico.

O Conselho Federal de Biomedicina – CFBM, no uso de suas atribuições conferidas pela Lei nº. 6.684, de 03/09/79, modificada pela Lei nº. 7.017 de 30/08/82, ambas Regulamentadas pelo Decreto nº. 88.439, de 28 de junho de 1983, em consonância com a Lei nº. 6.838, de 29 de outubro de 1980 e Lei nº. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e suas alterações.

CONSIDERANDO as normas constituídas pela organização dos Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina, que são órgãos disciplinadores dos profissionais biomédicos;

CONSIDERANDO as condições e procedimentos desempenhados pelos profissionais biomédicos no exercício de suas funções, bem como, na observância dos preceitos éticos e disciplinares;

CONSIDERANDO que os Conselhos são destinados a zelar pela fiel observância dos princípios da ética e do profissional biomédico, de conseqüência de seu exercício profissional;

CONSIDERANDO que os Conselhos de Biomedicina, tem o múnus público pelo eficiente desempenho ético da Biomedicina, e ainda, o precípuo de zelo e pelo correto conceito dos profissionais que exercem suas atividades de forma legal;

CONSIDERANDO que as normas constituídas no Código de Ética da Biomedicina, são submetidas às regras constitucionais vigentes;

CONSIDERANDO que o Conselho Federal reunido em sessão plenária de nº. 72 de 03 de abril de 2009, decidiu pela aprovação do Novo Código de Ética do Profissional Biomédico, e, Resolve:

Art. 1º - Aprovar o Código de Ética do Profissional Biomédico, anexo a esta Resolução.
Art. 2º - O Código de Ética anexo nesta Resolução, entra em vigor a partir desta publicação e, revoga-se o Código de Ética do Profissional Biomédico Resolução nº. 002/84 de 16/08/84, e alterações contido na Resolução nº. 34 de 06/08/1991 e Resolução nº. 001 de 25/03/1995, e demais disposições em contrário.

DR SILVIO JOSE CECCHI
Presidente do CFBM
DR SERGIO ANTONIO MACHADO
Secretário do CFBM

CÓDIGO DE ÉTICA DA PROFISSÃO DE BIOMÉDICO

O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA, institui o Código de Ética, sabendo que o profissional Biomédico, pela sua natureza em cuidar do interesse da saúde humana e animal; norteia seus princípios sempre na busca da verdade real, jamais deixando-se aniquilar por atos que não sejam fiéis ao seu juramento. Assim, todo profissional biomédico representa uma parcela de grandeza especialmente pelo reconhecimento público daqueles que utilizam de seus préstimos, visto que age com retidão, em perfeita sintonia com as necessidades sociais a que se dirige e ao bem comum. O presente Código, certamente abrirá oportunidades e projeções diversificadas, resultando em benefícios da sociedade. Este Código, desta forma, tem duas vertentes, que não se excluem, mas se completam: a consolidação e o interesse sobre a proteção daqueles que utilizam dos serviços prestados pelos profissionais Biomédicos e a consolidação das normas de prevenção e práticas de nossos profissionais, visando unicamente serem fiéis aos princípios éticos, e no domínio da ciência servindo com lealdade ao cliente e a sociedade.

Preâmbulo 

I – O presente Código contém as normas éticas que devem ser seguidas pelos profissionais Biomédicos no exercício da profissão, independentemente da função ou cargo que ocupem.
II – As organizações de prestação de serviços Biomédicos estão ligadas no que couber às normas deste Código;
III – Para o exercício da Biomedicina, é obrigatória a inscrição no Conselho Regional;
IV – A fim de garantir o acatamento e execução deste Código, é dever do profissional Biomédico comunicar ao Conselho Regional de Biomedicina, com discrição, fundamento e provas, de fatos que tenha conhecimento e que caracterizem possível infração do presente Código e das Normas que regulam o exercício da profissão de Biomédico.
V – A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas neste Código é atribuição das Comissões de Ética, dos Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina, das autoridades da área de saúde e dos Biomédicos em geral.
VI – Os infratores sujeitar-se-ão às penas disciplinares previstas em lei vigentes e neste Código.
VII – O Biomédico é profissional da saúde e obrigatoriamente tem que contribuir para a salvaguarda da saúde pública em geral, e as ações de educação dirigidas à comunidade. 

LABORATÓRIOS DEVEM TER EXEMPLAR DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR








Está em vigor desde 21 de julho último a Lei 12.291, que torna obrigatória a manutenção, em local visível e de fácil acesso ao público, de um exemplar do Código de Defesa do Consumidor nos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, incluindo os laboratórios de Análises Clínicas. O não cumprimento implicará aos infratores multa de até R$1.064,10, a ser aplicada pela autoridade administrativa.